Saturday, December 29, 2007
Tens?
Ninguém hoje em dia diz: gosto de ti!, com medo da resposta, agarrados a preconceitos inúteis e descabidos. O amor só por si já é um grande desafio, para quê colocar-lhe mais obstáculos à frente?
E eu continuo sentada a olhar para as minhas barreiras, que estão mesmo à minha frente, mas com vontade de voltar para trás. Apenas porque essas barreiras já me destruiram defesas no passado, destruiram a minha bolha de defesas que não quero perder de novo. E espero que tu um dia tenhas coragem de me dizer o que sentes!
Tens?
Tuesday, December 25, 2007
Escrever com saudade

PS: tenho saudades...principalmente do teu sorriso...
Saturday, December 22, 2007
Sem palavras...

Ficaste a olhar para mim, como se aquele momento nunca passasse. Como se pudessemos ficar assim para sempre... Depois sorriste, com aquele sorriso que só tu sabes fazer. E, finalmente, falaste...já não ouvia a tua voz há tanto tempo...
Friday, December 21, 2007
Rumo para a vida...
É urgente mudar, é urgente dar voz às palavras que estão dentro de nos, pois essas são as que verdadeiramente nos poderão trazer a felicidade. E é tudo acerca da felicidade: todos a queremos ter, mas por vezes, não nos esforçamos por a conseguir, ate porque estamos demasiado ligados À futilidade da sociedade, dos seus valores ocos, que apenas remetem para o consumismo, para uma sociedade convergente, em que todos querem o mesmo: ser iguais à maioria. E estes “valores” destroem cada vez mais o que da sentido À vida: a diferença, sermos todos diferentes para que possamos de certo modo completarmo-nos uns aos outros, e não apenas clones baratos de algo que achamos estar perto da perfeição.

Thursday, December 13, 2007
Os malefícios de gostar de ti
Adoro-te e não sei como. Imagino e sei como.
Vivo, não sei porquê. Matas-me suavemente e sei porquê.
Sonhei, não sei o quê. Vi-te algures num sonho e sei porquê.
Sei e não sei quem és, quem sou, quem somos nós.
Não sei o que somos. Se sou um barco que deu à costa no teu porto, se um avião que se despenhou na tua ilha, tornando-se inútil. De qualquer maneira estou perdida. Inequivocamente. E curiosamente sei exactamente onde estou, onde estás.
Apenas não sei onde estamos, o que somos.
Se um poema numa folha, se uma folha na árvore que se irá desvanecer no Outono.
Não sei se somos sequer.
Só quero pegar no teu mar de sonhos, levá-lo a navegar por mares que me pertencem, que pertencem à minha imaginação e que te posso oferecer. Quero navegar no meu sorriso e ancorá-lo no meu porto.
Mas não. Não peguei nos teus sonhos. Deixei levar os meus. Porquê? Não sei, nunca sei. Talvez nunca o chegue a saber. Sou eu e não sei quem sou. Revivo o passado, uma história só minha. Demasiado minha, talvez por isso não ta consiga dar. Não porque não queira, mas porque não sei como. Espero que um dia me ensines. Talvez, um dia.
Beijinho para ti, e tu sabes porquê
O meu refúgio...
Talvez não me possas perdoar no teu inconsciente, pois eu própria não me perdoo por fugir da minha realidade, do meu mundo, deixando te para trás. Se apenas eu pudesse isolar me de ti, do mundo, na minha bolha de defesas, seria feliz, pois não faria sofrer ninguém, sofreria em silêncio.
Desculpa. E envolve-me este cansaço supremo da vida que não sei viver. De tentar ser feliz e acabar a sofrer por fazer sofrer os outros.
Vou-me isolar na minha bolha de defesas, fortalecê-las, pegar no meu sabre e lutar contra o meu inimigo, que me corrói as defesas, que me torna fraca, que me torna humana, algo que não quero ser.
Eu não era suposto ser, nem sei sequer o porquê de o fazer ainda. Porque não sou o orgulho de ninguém, não sou aquela em quem alguém pensa todos os dias inconscientemente, não.
Só queria ganhar esta paz, visto não conseguir ganhar esta guerra. E não me importo de desistir. É me indiferente. Totalmente. Porque te amo e não sei porque, porque não te quero amar. Só quero que me deixes com a minha consciência. Sozinhas. Como duas irmãs que precisam de recuperar o tempo perdido, o tempo que não há para perder, o tempo. Esse tempo que me faz desesperar. Deixa-me. Para sempre.
Friday, November 23, 2007
Será que consegues ouvir-me dizer...
Thursday, November 15, 2007
Sunday, October 28, 2007
Um muito obrigada!!
Obrigado pelas criticas, pelas visitas e pela força que nos transmitem.
Continuamos à procura do amor verdadeiro (embora uma de nós pareça já o ter encontrado).
A todos os que descobriram (ou pensaram ter descoberto) o amor verdaeiro com os nossos textos e poemas parabéns!
Não se esqueçam de amar, porque o amor é a base de tudo.
Thursday, October 25, 2007
Um desejo
Tão somente um desejo.
Lá fora a brisa agita levemente o mundo, não o meu, que permanece intacto. Imóvel.
Talvez balance ao som dessa brisa muda, que usa o silêncio para se expressar. Não que o meu mundo tenha desaparecido, mas tu paraste-o magnanimemente quando a porta se fechou. E não olhei para a janela, onde tenho a certeza que estarias. Pensei que poderia fechar o meu mundo para ti, para não sofrer. Mas não. Errei novamente. E agora só quero paz, porque sei que não vou ganhar esta guerra. Esta guerra que tem consigo a lâmina mais poderosa que alguma vez senti na pele. Saudades, de tudo, de nada, de tudo e de nada. A ferida não sara, a lâmina continua presente. Não a consigo arrancar, o meu inimigo é demasiado forte, quase indestrutível. Espero pelo tempo que demora a passar, e recordo o nosso melhor, o que nos pertenceu, o que nos une, o que nos separa, o que faz de nós pessoas, únicas, tão somente. Um desejo.
Beijinho para ti
Gosti Sara, Obrigado, por tudo, por nada, tu sabes*
Friday, October 12, 2007
Confissões e confusões...
A barreira entre estes sentimentos é tão ténue...odeio-te para te amar mais. E mais. E mais.
Amo-te? Já nem sei que significado atribuir a esta palavra. É tão pequena e transmite sentimentos tão antitéticos e poderosos. Há quem mate por amor, há quem morra por amor, há quem sofra por amor e há aqueles que simplesmente o guardam como uma preciosidade rara e o vêem crescer e ganhar raízes na alma. É um sentimento intransmissível e irrepetivel: o "amo-te" que tanto ansiamos ouvir está cada vez mais banalizado, tão banalizado que consigo pronunciar a palavra sem ter sequer um sentimento que o justifique. Sim, porque não podemos (ou, antes, não devemos) banalizar sentimentos, apesar de o fazermos vezes sem conta. Irrepetivel porque a concepção que temos de amor muda ao longo da nossa vida, com as nossas vivências e, também, porque nunca iremos conseguir amar duas pessoas da mesma maneira. Não amamos de igual para igual porque diferentes pessoas despertam em nós diferentes sensações. E é nessa diferença que reside o amor.
O amor é diferente. O amor é único. O amor é o encadeamento profundo de todos os nossos defeitos e qualidades com os da pessoa amada. O amor é conhecer alguém melhor do que a nós próprios. O amor é impartilhável. O amor é confuso. O amor é ódio. O amor é tudo. O amor é nada. O amor és tu. O amor sou eu. O amor somos nós. O amor não é ninguém. O amor é o mundo.
Wednesday, October 10, 2007
Olho para trás e não consigo perceber porque agi assim, porque é que não me deixei levar por ti, e fugi, como sempre faço. Talvez seja tarde demais: não sei. Não to pergunto. Espero e olho para o vazio, à espera que me preencha, nesta ausência de ti.
Os nossos mundos são demasiado diferentes para nos aproximarmos sequer. Só o teu sorriso me pertence, porque esse pertence a outro mundo, a um mundo mais meu, menos distante.
E agora: It’s the end of the world, but I don’t feel fine.
Ná*
Denota-se uma falta de inspiração
Constante e aflitiva. Preocupado,
O verso incompleto sente compaixão
Das linhas por escrever,
Confusas como a sua mente,
Olham-se e não compreendem o seu
Significado, que mostra tão explicitamente
O caminho curto que uma aprendiz percorreu.
Não chora, mas não sorri como
merecia. Hiberna numa realidade
que é a sua como num sono
profundo que a consome mas não arde.
Ninguém nota, é uma invisibilidade
Demasiado transparente para se perceber,
Que me assusta e me faz reflectir e a quem sabe
Que por isso não consegue pegar no lápis e escrever.
Sunday, July 1, 2007
O dia de glória...
Tuesday, June 26, 2007
Será?
Vimos nas novelas sempre finais felizes, em que todos encontram o amor da sua vida, ficam juntos... é uma realidade distante, sendo por isso intitulada de ficção. Porque na vida real os príncipes não existem, por isso é que as princesas choram nos cantos e perdem a esperança de serem felizes...e as histórias agora são assim:
“Era uma vez uma princesa, que vivia num castelo rodeado por um verde magnífico. Sempre que um príncipe parava no castelo ela afastava-se dele.
Porquê?
A pergunta ecoa-lhe na mente. Não sabe porquê nem como o evitar.
Eu sei.
Hoje as princesas têm medo de sofrer e remetem-se à incerteza do futuro do qual ainda têm saudade.
Thursday, June 7, 2007
Seria reduzida a nossa energia de ionização e libertar-nos-íamos do mundo e teríamos todas as camadas da atmosfera para nos fazerem voar.
Seríamos os pares conjugados de uma solução homogénea, não reactiva da química experimental.
Monday, June 4, 2007
O amor é o que sentes quando olhas nos olhos daquela pessoa e não sabes o que dizer...
"O amor é..."
Ao longo destas semanas fomos reflectindo, por vezes juntas, ou mais individualmente, sobre temas subordinados ao amor sugeridos pelo professor. Nesta nova etapa vamos falar das nossas perspectivas mais pessoais sem que nos preocupemos a obedecer a um tema específico.
Muitas vezes o mais dificil foi expressar a nossa opinião da melhor maneira, ocultar sentimentos que não deveriam ser revelados, tornarmo-nos mais distanciadas da nossa realidade e assim conseguimos concretizar o nosso objectivo o melhor que pudemos.
No final de tantas tentativas (muitas vezes falhadas) de definir o amor concluímos que cada pessoa tem a sua definição pessoal e que é impossivel atingir um consenso.
Vivemos pelo amor porque ele é uma força que nos une a todos, seja correspondido ou não.
Conclusão - o fim de uma etapa
Por outro lado somos apenas escravos das pessoas que amamos, que por vezes (ou muitas vezes) nos fazem sofrer tanto, nos desiludem. Mas contnuamos, porque amar vale sempre a pena.
Este trabalho foi uma experiência extremamente gratificante, pois mostrámos aos outros a nossa opinião, os nossos sentimentos, tornamos o amor algo mais pessoal, mais nosso. E este trabalho motivou-nos para continuar a expressar o que somos, o que temos dentro de nós, e isso também é amor, mostrar o que temos cá dentro.
Amor....
Saturday, June 2, 2007
Amor não correspondido (parte II)

Friday, June 1, 2007
Mas não seremos nós demasiado egocêntricos, a ponto de preferirmos um grande amor a uma grande amizade? Não somos. Pessoalmente, dou mais valor às amizades do que aos amores que ainda estão inseguros.
Mas, será que a maioria das pessoas também tem essa opinião? Quantas pessoas terão amizades tão fortes e saudáveis que as façam pensar duas vezes antes de abandonar um amigo por uma amor? Não sei...talvez existam muitas e eu não conheça pessoas com valores tão nobres quanto este.
Quero acreditar que o mundo em que eu vivo é tão perfeito quanto eu o imagino, quero acreditar que existem pessoas que valorizam mais a amizade do que os amores inseguros.
É certo que devemos arriscar. Arriscamos. Quando falo em abandonar um amigo não me refiro a perder um amigo para sempre, refiro-me a algo que, embora seja muito simples, tem muito significado, não deixar um amigo sozinho num ambiente em que ele não conhece mais ninguém.
Desperdicei algo que seria efémero e falso e, no entanto, o meu egocentrismo faz-me pensar em todos os "se"... Porém, sei que a atitude tomada foi a correcta.
Wednesday, May 30, 2007
O mundo e o amor
Nascemos num mundo onde fomos educados a não confiar demasiado nos outros, a fecharmo-nos mais no nosso mundo. Porquê? Será que faz sentido? Não sei, sinceramente não sei. Acho que darmo-nos aos outros é algo tão valioso, tão bonito. Pensamos sempre que podemos confiar, amar para sempre alguém. Mas há pessoas que nos desiludem profundamente, para as quais olhamos e já não reconhecemos: pessoas que já amámos. Mas não podemos ser escravos para sempre da desconfiança, porque amar é entregarmos aquilo que temos de melhor sem esperar nada em troca, é saltar de pára-quedas sem ter um de emergência e mesmo que o voo não corra bem ter vontade e coragem de se levantar e seguir em frente, porque o tempo cura as feridas dos obstáculos. E amar é não ter medo de saltar novamente.
E vejo-me eu, a olhar para o mundo lá fora, para as estrelas do mundo que me esperam. E porque é que não salto? Não sei. Talvez por também haverem buracos negros que nos esperam para nos destruir. E o medo de ser destruída acaba por me destruir. Então para quê esperar? Podemos ser destruídos de qualquer maneira, mas se saltarmos para o mundo à nossa volta talvez encontremos uma estrela que brilhe no nosso céu, na nossa vida. Como os amigos, como a família, como o Mundo.
O que é o amor para ti?

Para Luís de Camões o amor é
"Amor é um fogo que arde sem se ver;
Monday, May 28, 2007
Como sofrer num silêncio tão ensurdecedor...?
Somos confrontados com o amor como algo maravilhoso, um renascer, um sonho, sobretudo um amor correspondido.
Mas tão de repente caimos na realidade de um amor não correspondido e surge um vazio, um sonho derrubado. Queremos apenas chorar, desaparecer, tornar-nos outra pessoa. Para algumas pessoas é mais fácil ultrapassar uma desilusão, ou porque já passaram por muitas e o tempo se encarregou de as ensinar a serem fortes e a ultrapassar estas barreiras ou porque são algo insensíveis e não gostavam verdadeiramente da pessoa que diziam "amar".
Temos que continuar e viver, voltar a acredidar nos sonhos, que um dia podemos ser amados e viver um verdadeiro amor, para sempre.
Wednesday, May 23, 2007
Amor
não é um riso, é um sorriso,
não é um vislumbre, é um olhar,
não é um pensamento, é um sonho,
não é uma palavra, é o silêncio,
não é só algo profundo, é algo verdadeiro,
não é uma corrida, é uma caminhada
não é um filme, é uma história
não é a luz do Sol, é a relevância do luar,
não é a luz, é um trilho,
não é um obstáculo, é a vontade de o transpor,
não é uma palavra, é um gesto
não é viver, é renascer
não é uma escolha, é uma sugestão do coração
não sou eu, não és tu,
somos nós, e o mundo.
E para ti, o que é o Amor?
Monday, May 21, 2007
Falar de Amor...
Será que somos tão insensíveis ao amor que não conseguimos sequer pronunciar palavras acerca desta maravilha que nos rodeia a cada dia que passa...algo que apenas conseguimos expressar em simples sorrisos, gestos, olhares...Somos seres humanos, mas tornamo-nos mais do que isso quando amamos, quando resumimos o mundo a mais do que nós mesmos, a outra pessoa. Por vezes somos egoístas, insensíveis, rudes e maltratamos os outros, mas o amor modifica os nossos actos, a nossa maneira de ser, de ver a vida. E sim, amar é algo demasiado monumental para explicar num texto, para descrever em simples palavras...e a existência sem amor é um pesadelo, um verso isolado numa folha branca, uma palavra resumida à insignificancia de não ter significado. Basicamente e sem rodeios, a vida torna-se algo melhor quando amamos o outro, quando partilhamos a nossa existência com outra pessoa e sorrimos ao mundo...que se torna muito mais belo.
Wednesday, May 9, 2007
O filme o Diário da Nossa Paixão foi fantástico. Esta história comove-nos pela sua inocência, pela esperança que nos aconteça, ou porque sabemos que não passa de uma irrealidade que nunca vamos presenciar. O mais provável é não sermos amados desta forma nunca. É uma história que nos vem à mente quando olhamos pela janela e vimos os pôr-do-sol. Todos nos sonhamos saber alguém de dentro para fora. O que a faz sonhar, o que a faz rir, o que a faz chorar. Olhar para alguém e ler o seu interior.
E Noah nunca desistiu de Allie. E Allie trouxe-lhe a alegria, a vontade de viver, trouxe-lhe tudo porque Allie era o seu tudo. E soube esperar, a vida trouxe-lhe obstáculos e o seu amor superou tudo, porque o seu amor era tudo.
“És o meu sonho” escreveu-lhe Allie, e todos esperamos por esse sonho, um sonho que não se desvanece nunca, nem com Alzheimer. Esperamos por um amor que não mova montanhas mas que mova o mundo, o que somos. Um amor que nos faça querer mais, que nos torne poetas para “ser mais alto”, “mais do que os Homens”. E como amar é ser poeta, vamos escrevendo os versos da nossa vida.
Contigo.
Sempre.
Tuesday, May 1, 2007
Diário da nossa paixão
Uma história de vida repleta de sentimento e de dedicação. Quantos homens seriam capaz de fazer o que Noah fez por Allie? Penso, inocente e imaturamente que seria muit poucos a consegui-lo. A realidade é que hoje em dia não existem grandes amores, nunca existiram e quem tem a sorte de viver um grande amor (que para o ser tem de ser mútuo) não sabe que está a viver algo único e maravilhoso e, por isso, desperdiça o que sente por causa de simples opiniões de terceiros.
Este filme veio reforçar um dos meus maiores penamentos acerca dos grandes amores "Por de trás de um grande amor, existe sempre uma grande história.". Este filme fez-me reflectir acerca daquele que é também o "nosso amor", percebi que conseguiria fazer o que Noah fez por Allie por ti. É esse sentimento de dádiva que me faz pensar que o que sinto por ti é um amor sincero e que apesar de não ser hoje, nem nunca, recíproco vai durar para sempre. Para sempre. Porque sempre que preciso de ti, ainda que inconsciente, tu entras o mundo mais uma vez e fazes-me pensar nas razões absurdas que alguma vez me puderam fazer pensar que todo o meu amor se tinha esvaído e perdido por esse mundo de confrontos e ódio que hoje existe.
O diário da nossa paixão é uma prova incontestável dos sacrificios impensáveis que o amor nos induz a fazer...é também uma prova do romantismo que o seu autor (Nicholas Sparks) possui. Este autor retrata os temas mais inconcebiveis e trata-os com um romantismo que ninguém poderá nunca imaginar que a situação possua. No caso deste filme, fala-se de um casal de idosos que viveu uma história de amor linda, ornamentada com muitos dissabores, encontros e desencontros e sobretudo com muito amor. Ao longo dos dias Noah relembra à sua esposa Allie, vitima de Alzeimer, a sua bela história de amor. Por escassos momentos Allie lembra-se de tudo e ambos trocam beijos e palavras muito apaixonadas.
É de louvar o esforço que Noah faz para que Allie se relembre de todas as peripécias da história de amor que viveram, mesmo quando já ninguém acredita que Allie alguma vez possa retornar à consciência plena. No entanto, e com uma enorme presistência, Noah continua a contar a mesma história, todos, os dias à mulher de toda a sua vida.
A "lição de moral" deste filme, no meu ponto de vista, só pode ser uma: por mais que tentemos evitá-lo, o amor volta sempre até nós com uma força tão grande que não existem motivos nem pessoas que o possam demover da sua "vontade".
Sunday, April 29, 2007
Amor substantivo masculino
sentimento que nos impele para o objecto dos nossos desejos;
objecto da nossa afeição;
paixão;
afecto;
inclinação;
Será apenas isto? Não será a razão da nossa existência? Poder amar e ser amado? Amar é um sorriso, é uma palavra, é um abraço a observar um eclipse, é um sonho…são acções, são motivos que nos fazem sorrir e viver mais intensamente. Amo-te é algo que não conseguimos dizer às pessoas que verdadeiramente amamos na cara…os nossos pais, os nossos melhores amigos, ou alguém tão especial que nos pára o mundo…e ninguém consegue exprimir este sentimento em palavras, pois elas não são sequer suficientes para o descrever, em que se fica sempre aquém do pretendido, do merecido….em que não sabemos o que dizer…em que dizemos olá e queremos mais, mas as palavras parecem todas sem sentido e forçadas.
Este mistério chamado amor,
E partilhar tudo o que temos é talvez das experiências mais enriquecedoras do mundo, do ser humano. Temos que dar a mão e caminhar todos juntos, temos que sorrir perante o caminho que nos espera, tentar compreender o amor…
E penso que o amor é como um livro em inglês, cujo conteúdo inteiro não conseguimos compreender, mas viramos a página à espera de algo melhor, algo que nos dê alento para continuar, continuar e chegar ao fim e sentirmos que valeu a pena o que não compreendemos porque no final recebemos todas as respostas. O amor é assim, procuramos o seu significado até que alguém nos ensine a compreendê-lo.
Wednesday, April 18, 2007
Porque razão dizemos tantas vezes "amor" e "amo-te"?
Será mesmo possivel que a simples palavra "amor" descreve a essência deste sentimento? A mim parece-me imposivel: cada pessoa tem as suas próprias vivências de "amor" e, portanto, expressa-o de modos diferentes: alguns calam esse amor, reprimem-no, proibem-no de se revelar; outros optam pelo caminho mais fácil e muito parecido com a negação, a indiferença, fingem não sentir, afastam-se de tudo e de todos os que os façam pensar nesse amor; há ainda aqueles que optam pela maneira mais dificil, rápida e eficaz - a declaração, admitem o seu amor e comunicam-no de imediato à pessoa implicada.
O problema surge quando passamos a admitir demasiadamente rápido o nosso "amor", tão rápido que chegamos a confundir um grande amor com uma grande amizade e, no final, acabam todos os intervinientes por sair magoados, as preciosas amizades desaparecem com um "click". Não quero, com isto, dizer que devâmos pensar e repensar vezes sem conta se o que sentimos é simplesmente um "capricho" ou se se trata mesmo de amor, quero, ao invés, dizer que temos de estar conscientes daquilo que sentimos antes de o "admitirmos perante nós próprios" pois, é a partir desses momento que começa a timidez, o nervoso...enfim, todos os possiveis "sintomas do amor".
Consciência que, na maior parte das vezes, não temos, daí a inclinição que temos para dizer "amo-te" quando deveriamos apenas dizer "gosto de ti". Sim, estes conceitos são bastante diferentes, embora não o pareçam, tão diferentes que através conseguimos perceber a incerteza que reina na pessoa que emite estas palavras: "amo-te" revela uma certeza absoluta enquanto "gosto de ti" revela dúvidas. De facto, dizemos gosto de ti quando não estamos certos dos nossos sentimentos ou quando ainda não os aceitamos. No, entanto, penso que, sempre que surge um grande verdadeiro amor, temos uma grande necessidade de o admitir, afinal quem é que considera importante o que quer que os outros digam quando ama realmente alguém?
Dos vários "tipos" de amor, tenho a destacar o amor à primeira vista pois, era algo em que eu não acreditava. Será possivel amar alguém a partir da primeira vez que olhamos para ela? Hoje, e devido à experiência pessoal, posso admitir que sim. Pode, no entanto, parecer um amor superficial e pouco duradouro...Não o é, é antes uma forma mais "rápida de amar", através deste "amor" tentamos, mais rapidamente descobrir aspectos fundamentais da personalidade dessa pessoa para encontrarmos semelhanças e diferenças. Hoje, falando de um modo mais Naturalista, acredito que as substâncias quimicas produzidas pelo nosso cérebro (que nos fazem dizer "amo-te" a alguém que, de um momento para o outro, passou a ser a pessoa mais importante da nossa vida) se produzem no momento certo, não importa se é à primeira vista ou se é depois de um conhecimento mais profundo. Acredito que a primeira impressão que uma pessoa nos causa é fundamental, mas acredito mais ainda que ao conhecermos alguém muito bem, ao convivermos bastante com essa pessoa, ao identificarmo-nos cada vez mais com ela a podemos "amar".
O amor à primeira é bastante desafiante dado que, note-se, algumas pessoas, nem sequer sabem o nome da pessoa que pensam amar. Assim, é-nos exigido conhecer a pessoa por nossa própria iniciativa e não por mero acaso e, dado que queremos conhecê-la o mais rapidamente e o melhor possivel, tentamos registar cada expressão, cada movimento, cada frase, cada palavra. Nesta nova "relação" tudo é demasiado rápido e efémero mas, em contra partida, tudo é verdadeiro.
Nesta relação, onde a verdade e a confiança se tornam fundamentais, pequenos gestos têm grandes significados. Não precisamos de dizer nem de ouvir a palavra "amo-te", a pessoa em causa já o sabe através do modo como a outra actua perante ela (os gestos, as palavras, os olhares, o toque).
Concluo assim, que as palavras "amo-te" e "amor" não deveriam existir e são apenas simbolos simplificados para descrever algo indescritivel, inexplicável, incompreensivel.