Saturday, December 29, 2007

Tens?

O que é o amor? Será que alguém sabe verdadeiramente o seu significado? É um sentimento de muitas contradições e, cada um tem a sua maneira de o expressar, podendo mesmo não o expressar. Por isso é tão difícil saber-se se o amor é ou não correspondido. Por vezes podemos sem querer que não gostamos dele. e é o problema de expressão que o mundo vive que me preocupa.
Ninguém hoje em dia diz: gosto de ti!, com medo da resposta, agarrados a preconceitos inúteis e descabidos. O amor só por si já é um grande desafio, para quê colocar-lhe mais obstáculos à frente?
E eu continuo sentada a olhar para as minhas barreiras, que estão mesmo à minha frente, mas com vontade de voltar para trás. Apenas porque essas barreiras já me destruiram defesas no passado, destruiram a minha bolha de defesas que não quero perder de novo. E espero que tu um dia tenhas coragem de me dizer o que sentes!

Tens?

Tuesday, December 25, 2007

Escrever com saudade


Escrever...qual é o sentido de escrever? Porquê escrever? Não escrevo porque quero, mas sim porque é algo que surge como uma necessidade de exteriorizar a cor da minha alma, de a avivar, para me sentir viva.

Tal como a cor dos teus olhos, algo que me retém, me liberta profundamente, pela sua essência que desperta o meu sorriso, o meu sorriso "secreto"...algo espontâneo, involuntário, não calculado, mas algo que torna cada um de nós especiais.



PS: tenho saudades...principalmente do teu sorriso...

Saturday, December 22, 2007

Sem palavras...

Só e em silêncio. Recordo o dia que passou. O dia resume-se a TI.
Ficaste a olhar para mim, como se aquele momento nunca passasse. Como se pudessemos ficar assim para sempre... Depois sorriste, com aquele sorriso que só tu sabes fazer. E, finalmente, falaste...já não ouvia a tua voz há tanto tempo...
[And you're back =)
Love you F*]

Friday, December 21, 2007

Rumo para a vida...

Por vezes é difícil encontrar um rumo e um sentido na vida, quando estamos demasiado preocupados com os outros, com opiniões que nos são extrínsecas. E deixamos os sentimentos reprimirem-se. Tornamo-nos escravos de uma espécie de discriminação sentimental, onde escolhemos apenas o que devemos sentir, por quem devemos sentir, e nem por um segundo pensamos na verdade que o nosso coração tenta tão incessantemente exprimir, lançando-nos gritos mudos. Sim, porque essas correntes imaginárias envolvem a verdade, a verdade que ecoa dentro de nós.
É urgente mudar, é urgente dar voz às palavras que estão dentro de nos, pois essas são as que verdadeiramente nos poderão trazer a felicidade. E é tudo acerca da felicidade: todos a queremos ter, mas por vezes, não nos esforçamos por a conseguir, ate porque estamos demasiado ligados À futilidade da sociedade, dos seus valores ocos, que apenas remetem para o consumismo, para uma sociedade convergente, em que todos querem o mesmo: ser iguais à maioria. E estes “valores” destroem cada vez mais o que da sentido À vida: a diferença, sermos todos diferentes para que possamos de certo modo completarmo-nos uns aos outros, e não apenas clones baratos de algo que achamos estar perto da perfeição.

Thursday, December 13, 2007

Os malefícios de gostar de ti

Um dos malefícios de gostar de ti é pensar quando te vejo, quando não te vejo. Os que pensam amar com o pensamento vêem verdadeiramente, mas não amam. Os que amam com o coração, amam, mas não vêem. Ou somos cegos ou vazios. Podemos sempre amar com a imaginação, onde nos perdemos por mundos de verdadeiro sonho, de uma realidade que se quer moldar em nós.

Adoro-te e não sei como. Imagino e sei como.
Vivo, não sei porquê. Matas-me suavemente e sei porquê.
Sonhei, não sei o quê. Vi-te algures num sonho e sei porquê.
Sei e não sei quem és, quem sou, quem somos nós.

Não sei o que somos. Se sou um barco que deu à costa no teu porto, se um avião que se despenhou na tua ilha, tornando-se inútil. De qualquer maneira estou perdida. Inequivocamente. E curiosamente sei exactamente onde estou, onde estás.
Apenas não sei onde estamos, o que somos.
Se um poema numa folha, se uma folha na árvore que se irá desvanecer no Outono.
Não sei se somos sequer.
Só quero pegar no teu mar de sonhos, levá-lo a navegar por mares que me pertencem, que pertencem à minha imaginação e que te posso oferecer. Quero navegar no meu sorriso e ancorá-lo no meu porto.
Mas não. Não peguei nos teus sonhos. Deixei levar os meus. Porquê? Não sei, nunca sei. Talvez nunca o chegue a saber. Sou eu e não sei quem sou. Revivo o passado, uma história só minha. Demasiado minha, talvez por isso não ta consiga dar. Não porque não queira, mas porque não sei como. Espero que um dia me ensines. Talvez, um dia.

Beijinho para ti, e tu sabes porquê

O meu refúgio...

Foste sem duvida o meu refúgio para não enfrentar a realidade, a realidade de amar alguém do qual teria de fugir obrigatoriamente, para não sofrer. E inconscientemente talvez te tenha feito sofrer. Desculpa. Falou a minha necessidade mais básica de sobreviver, de tentar não sofrer. E por isso sinto me um “Alberto Caeiro” inútil, pois aquilo que mais quis foi não sofrer, e o que mais fiz foi exactamente sofrer. Por ti. Demasiado tempo, demasiadamente próxima do infinito.
Talvez não me possas perdoar no teu inconsciente, pois eu própria não me perdoo por fugir da minha realidade, do meu mundo, deixando te para trás. Se apenas eu pudesse isolar me de ti, do mundo, na minha bolha de defesas, seria feliz, pois não faria sofrer ninguém, sofreria em silêncio.
Desculpa. E envolve-me este cansaço supremo da vida que não sei viver. De tentar ser feliz e acabar a sofrer por fazer sofrer os outros.
Vou-me isolar na minha bolha de defesas, fortalecê-las, pegar no meu sabre e lutar contra o meu inimigo, que me corrói as defesas, que me torna fraca, que me torna humana, algo que não quero ser.
Eu não era suposto ser, nem sei sequer o porquê de o fazer ainda. Porque não sou o orgulho de ninguém, não sou aquela em quem alguém pensa todos os dias inconscientemente, não.
Só queria ganhar esta paz, visto não conseguir ganhar esta guerra. E não me importo de desistir. É me indiferente. Totalmente. Porque te amo e não sei porque, porque não te quero amar. Só quero que me deixes com a minha consciência. Sozinhas. Como duas irmãs que precisam de recuperar o tempo perdido, o tempo que não há para perder, o tempo. Esse tempo que me faz desesperar. Deixa-me. Para sempre.