Sunday, April 29, 2007

Amor substantivo masculino

sentimento que nos impele para o objecto dos nossos desejos;

objecto da nossa afeição;

paixão;

afecto;

inclinação;

Será apenas isto? Não será a razão da nossa existência? Poder amar e ser amado? Amar é um sorriso, é uma palavra, é um abraço a observar um eclipse, é um sonho…são acções, são motivos que nos fazem sorrir e viver mais intensamente. Amo-te é algo que não conseguimos dizer às pessoas que verdadeiramente amamos na cara…os nossos pais, os nossos melhores amigos, ou alguém tão especial que nos pára o mundo…e ninguém consegue exprimir este sentimento em palavras, pois elas não são sequer suficientes para o descrever, em que se fica sempre aquém do pretendido, do merecido….em que não sabemos o que dizer…em que dizemos olá e queremos mais, mas as palavras parecem todas sem sentido e forçadas.

Este mistério chamado amor,

Este mistério chamado vida que sem amor não faria sentido…é cada vez mais difícil amar e ser amado, a sociedade concentrou-se tanto em si mesma que não guardou lugar para os outros. Ninguém mergulha à procura de dar, de se completar nos outros. E porquê? Estamos no caminho da vida cada vez mais parados, não partimos à descoberta… simplesmente esperamos que os outros nos levem e passamos ao lado de quem precisa de amor…todos nós somos um pouco de egoísmo, um pouco de medo, mas também, no fundo, somos amor, vida.
E partilhar tudo o que temos é talvez das experiências mais enriquecedoras do mundo, do ser humano. Temos que dar a mão e caminhar todos juntos, temos que sorrir perante o caminho que nos espera, tentar compreender o amor…
E penso que o amor é como um livro em inglês, cujo conteúdo inteiro não conseguimos compreender, mas viramos a página à espera de algo melhor, algo que nos dê alento para continuar, continuar e chegar ao fim e sentirmos que valeu a pena o que não compreendemos porque no final recebemos todas as respostas. O amor é assim, procuramos o seu significado até que alguém nos ensine a compreendê-lo.

Wednesday, April 18, 2007

Porque razão dizemos tantas vezes "amor" e "amo-te"?

"Dizer 'amor' é infinitamente mais que um sentimento, um fulgor da afectividade ou entusiasmo dos sentidos..."

Será mesmo possivel que a simples palavra "amor" descreve a essência deste sentimento? A mim parece-me imposivel: cada pessoa tem as suas próprias vivências de "amor" e, portanto, expressa-o de modos diferentes: alguns calam esse amor, reprimem-no, proibem-no de se revelar; outros optam pelo caminho mais fácil e muito parecido com a negação, a indiferença, fingem não sentir, afastam-se de tudo e de todos os que os façam pensar nesse amor; há ainda aqueles que optam pela maneira mais dificil, rápida e eficaz - a declaração, admitem o seu amor e comunicam-no de imediato à pessoa implicada.
O problema surge quando passamos a admitir demasiadamente rápido o nosso "amor", tão rápido que chegamos a confundir um grande amor com uma grande amizade e, no final, acabam todos os intervinientes por sair magoados, as preciosas amizades desaparecem com um "click". Não quero, com isto, dizer que devâmos pensar e repensar vezes sem conta se o que sentimos é simplesmente um "capricho" ou se se trata mesmo de amor, quero, ao invés, dizer que temos de estar conscientes daquilo que sentimos antes de o "admitirmos perante nós próprios" pois, é a partir desses momento que começa a timidez, o nervoso...enfim, todos os possiveis "sintomas do amor".
Consciência que, na maior parte das vezes, não temos, daí a inclinição que temos para dizer "amo-te" quando deveriamos apenas dizer "gosto de ti". Sim, estes conceitos são bastante diferentes, embora não o pareçam, tão diferentes que através conseguimos perceber a incerteza que reina na pessoa que emite estas palavras: "amo-te" revela uma certeza absoluta enquanto "gosto de ti" revela dúvidas. De facto, dizemos gosto de ti quando não estamos certos dos nossos sentimentos ou quando ainda não os aceitamos. No, entanto, penso que, sempre que surge um grande verdadeiro amor, temos uma grande necessidade de o admitir, afinal quem é que considera importante o que quer que os outros digam quando ama realmente alguém?
Dos vários "tipos" de amor, tenho a destacar o amor à primeira vista pois, era algo em que eu não acreditava. Será possivel amar alguém a partir da primeira vez que olhamos para ela? Hoje, e devido à experiência pessoal, posso admitir que sim. Pode, no entanto, parecer um amor superficial e pouco duradouro...Não o é, é antes uma forma mais "rápida de amar", através deste "amor" tentamos, mais rapidamente descobrir aspectos fundamentais da personalidade dessa pessoa para encontrarmos semelhanças e diferenças. Hoje, falando de um modo mais Naturalista, acredito que as substâncias quimicas produzidas pelo nosso cérebro (que nos fazem dizer "amo-te" a alguém que, de um momento para o outro, passou a ser a pessoa mais importante da nossa vida) se produzem no momento certo, não importa se é à primeira vista ou se é depois de um conhecimento mais profundo. Acredito que a primeira impressão que uma pessoa nos causa é fundamental, mas acredito mais ainda que ao conhecermos alguém muito bem, ao convivermos bastante com essa pessoa, ao identificarmo-nos cada vez mais com ela a podemos "amar".
O amor à primeira é bastante desafiante dado que, note-se, algumas pessoas, nem sequer sabem o nome da pessoa que pensam amar. Assim, é-nos exigido conhecer a pessoa por nossa própria iniciativa e não por mero acaso e, dado que queremos conhecê-la o mais rapidamente e o melhor possivel, tentamos registar cada expressão, cada movimento, cada frase, cada palavra. Nesta nova "relação" tudo é demasiado rápido e efémero mas, em contra partida, tudo é verdadeiro.
Nesta relação, onde a verdade e a confiança se tornam fundamentais, pequenos gestos têm grandes significados. Não precisamos de dizer nem de ouvir a palavra "amo-te", a pessoa em causa já o sabe através do modo como a outra actua perante ela (os gestos, as palavras, os olhares, o toque).
Concluo assim, que as palavras "amo-te" e "amor" não deveriam existir e são apenas simbolos simplificados para descrever algo indescritivel, inexplicável, incompreensivel.

Monday, April 16, 2007

Porquê um blog sobre o amor?

Esta ideia surgiu graças à disciplina de EMRC. Por sugestão do professor Pedro, decidimos que esta seria a melhor maneira de mostrarmos à blogoesfera o que sentimos em relação a esse sentimento tão inexplicavel, o amor!